Conheça a história de Blueprint, novo álbum de Ferry Corsten

O ídolo do trance mundial inova ao trazer um albúm com enredo completo, track por track. Os detalhes track a track, bem como sua vinda ao Brasil estão aqui.

O mês de maio é considerado um momento especial na vida do produtor, artista, e agora roteirista Ferry Corsten. No lançamento de seu quinto álbum no dia 26, denominado “Blueprint“, Corsten agrega a sua carreira (ele foi um dos pioneiros no segmento trance nos anos 90 / 00) as paixões por descobertas científicas, tempo e espaço, onde nos convida a entrar numa incrível jornada.

Dividido em 17 capítulos (tracks), a viagem proposta traz algo que vai muito além das pistas de dança, em um álbum conceitual que explora a existência, o amor, nossa curiosidade pelo novo, e o que existe por trás do mundo que conhecemos (profundo não? Mas acredite, é uma grande terapia aos ouvidos.).

Escrito como um código musical, a inspiração veio das profundidades do espaço, de onde ecoa de forma insistente uma batida (the drum), que ninguém consegue explicar. Assim é descrito o primeiro capítulo, Reception. No segundo, segue a busca para decifrar a batida, então é traçado um plano (tradução livre de Blueprint, track título do roteiro), onde bilhões são gastos na tentativa de tradução, sem sucesso. E então, numa cidade tranquila, Lukas (protagonista do roteiro) escuta a batida, que conversa com ele, e revela seu segredo. Escondido no som tem um plano, que o personagem decide seguir – ele não sabe o que está construindo, apenas que deve faze-lo. Então ele começa a trabalhar, com materiais sintéticos, que se tornam obras refinadas. Se sente meio Frakstein criando, mas sabe que é um inventor com toque artístico. O mundo não o enxerga como ele realmente é, doce e sociável, alguém que nunca coube na realidade em que está. E o que ele faz em seu porão é algo como um quebra-cabeça interestelar – que tem pernas, tronco e rostoYour Face – terceiro capítulo. Ao montar a ultima peça, a máquina cria vida, é um android, que revela seu nome, Vee (Venera, quarto capítulo da história, track seeeeeeeen-sa-cio-nal!).

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Quando descobre que a android pode falar, Lukas vê um mundo de possibilidades, mas também sente medo sobre o que as pessoas poderão pensar quando descobrirem que ela existe. Ao ensinar sobre o que existe na Terra, ele percebe que Vee possui personalidade, e ela o questiona sobre vários sentimentos. E então, ele percebe que sente algo que nunca sentiu antes – sua criação, que não é uma mulher, nem uma máquina, mas está viva é se torna algo para se acreditar. Esse é o quinto capítulo, Something to Believe. Os dias que vão passando se transformam em semanas, e o mundo que o cerca parece desinteressante; tudo que o interessa está relacionado a Vee – que quer conhecer o mundo de Lukas, no sexto capitulo, Waiting. Eis que ele escuta uma vibração, algo pulsante vindo do porão. A android está dançando, com aquele mesmo som desconhecido inicial, e então revela que ela está com saudades de sua casa, já que o protagonista a construiu mas ela já existia anteriormente, tinha consciência. Então ela o convida a conhecer seu mundo, abre suas mãos, e um som pulsante entra no cérebro dele, onde sua mente se transforma em milhões de raios de luz e ele se torna uma batida (lembra do The Drum no começo?). Esse é o sétimo capítulo, Here We Are, em que nós apostamos que será hit-chiclete-sucesso!

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Tendo Vee como seu guia, Lukas é transportado para um lugar muito longe, um mundo similar ao nosso, porém sem guerra, desgraça, fome e medo; um lugar onde a música é o idioma que todos falam. Ele descobrem que os aliens que estão a anos luz de nós, e inventaram coisas só vistas em filmes de ficção científica. Ele está na beira do céu (Edge of Sky, oitavo capítulo). De volta a sua casa, ele não entende se o que teve foi uma visão, ou se realmente foi transportado para outro lugar. Pede insistentemente a android explicar como ela consegue fazer aquilo, e ela apenas responde que nossa mente é livre para nos levar aonde quisermos – já que para ela, o que importa mesmo é entender como são nossas sensações, que como é o mundo atras de tudo isso (A World Beyond, nono capítulo). O tempo vai passando, e então ele se dá conta que nunca perguntou a ela o que ela é de fato: um alma perdida, uma embaixadora de algum lugar que veio para estabelecer contato? Ela apenas responde que é amiga dele, e quer conhecer o mundo. Ele diz que não é seguro, mas ela pede apenas que ele confie nela. Assim é Trust, décimo capitulo. Então a porta de sua casa se abre, e Vee enxerga a neve, e demonstra sua gratidão. Lukas sente algo diferente, e então a beija. Mas consequentemente, com a porta vem uma infinidade de possibilidades que a android quer explorar. Angustiado, ele a questiona se e ele não é o bastante, e ela apenas responde que se sente solitária (Lonely Inside, décimo primeiro capítulo).

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Quando Lukas retorna na manhã seguinte ao ocorrido e abre seu porão, percebe que Vee sumiu. Sua mãe o vê procurando algo em casa, mas se ela percebesse algo estranho, certamente falaria. Ele vasculha toda a cidade, até que finalmente encontra um amontoado de pedaços e circuitos (décimo segundo capitulo, chamado de Piece of You). A android não existe mais… Dias depois, ele volta a escutar a insistente batida novamente, seu coração despedaçado volta a ter esperanças, e reza para que possa entender a mensagem novamente, já que acredita de verdade, que ela está em algum lugar por lá – Wherever you Are (em tradução livre “Onde quer que você esteja“), décimo terceiro capitulo. E a mensagem muda! Lukas vira a noite tentando decifrar, e ao amanhecer finalmente descobre, porém dessa vez não era um plano, e sim coordenadas que o levam a um lugar que ele nunca foi antes.

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Consegue enxergar uma enorme estrutura ciclíndrica, que pulsa com energia e música. Esse é “the drum” (a batida), que não vem de uma galáxia distante, e sim da Terra. Ele percebe que não é mais um sonhador solitário, procurando por respostas, e que ele é bem vindo a esse novo lugar. Mas mesmo antes de Lukas conseguir fechar seu pensamento sobre tudo o que acontece, descobre que o governo também decifrou “a batida”, que eles entendem como sendo uma declaração de guerra e que esse som é uma arma (Drum’s a Weapon, décimo quarto capítulo) que deve ser destruída. Ele se sente confuso, mas decide não sair dali, pois em sua mente, a batida é um instrumento de paz, já que conseguiu reunir aqueles que sonham, acreditam, e tem esperança, versus aqueles soldados, os que pregam leis e ordens, como os vilões que estão a caça do Frankstein. Eis que daquela emana um outro som, e então, no meio de um clarão surge Vee, de carne e osso, reanimada (Reanimate, décimo quinto capítulo, outro super vocal de Corsten, que nos faz imaginar o que é a cena!).

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E os dois capítulos finais? Revelaremos em breve, aqui no site! O albúm, que será lançado na próxima sexta – feira, já está disponível para pré-compra, através do site blueprint.ferrycorsten.com juntamente com camisetas que possuem as ilustrações que utilizamos aqui no site.

Corsten foi o convidado de Armin Van Buuren em seu programa A State of Trance (que já está no episódio #814), e você consegue escutar pelo Spotify ao clicar aqui 18519683_10154599895028316_9167643330141474800_n

Ah, e o mais importante – se você está com muita saudade do ídolo do trance, já pode comemorar: Ferry Corsten vêm ao Laroc Club em Valinhos no próximo dia 10 de junho a partir das 16 horas, para tocar o roteiro que contamos acima! A noite, dedicada ao trance, também conta no line up com duo The Juns, Renato Naya, Wrechiski e Danilo Ercole. Os ingressos podem ser adquiridos através do site tickets.laroc.club

Os cariocas também devem comemorar – no domingo 11/06, a partir do meio dia acontece o Superstar Dj’s Festival, evento que já reuniu 500 mil pessoas e trouxe Tiesto anteriormente. Ferry também marcará presença por lá com sua tour, e para saber todos os detalhes do evento clique aqui.

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