FTampa – O meteoro do EDM em seu melhor momento

Com a carreira em constante ascensão, ele vive seu melhor momento. Confira o bate-papo que tivemos com um dos nomes mais importantes do EDM – FTampa!

Com a carreira em constante ascensão e shows realizados no mundo todo, em países como Estados Unidos, Canadá, Dubai, Austrália, Espanha e Índia, ele fez história como o primeiro brasileiro a se apresentar no palco principal do Tomorrowland Bélgica, na edição de 2016, o nome dele é FTampa – Atualmente o DJ brasileiro de maior destaque no mercado da música eletrônica.

O cara chegou a pouco de uma incrível turnê na Ásia onde agitou as pistas de alguns clubs de países como Japão, Indonésia e Tailãndia.

A convite da cantora Britney Spears ele fez um remix incrível da sua nova música, “Make me” – Que você ouve clicando aqui.

“Não tenho palavras para descrever o momento atual da minha carreira. Estou muito feliz, agradeço mais uma vez o convite da Britney, um grande nome da música internacional e espero que todos gostem desse remix”, diz Ftampa, que recentemente lançou o clipe da música “Stay”, com os vocais da cantora britânica Amanda Wilson, e que já foi ouvida por mais de dois milhões de pessoas no Spotify.

Músico de rock desde a infância, Felipe Augusto Ramos, mais conhecido como FTampa aprendeu guitarra e teclado na cidade de Conselheiro Lafaiete, mais tarde se mudou para Belo Horizonte, com o pseudônimo Tampa, que o acompanha desde a infância por ser baixinho, lançou seu primeiro EP e daí começou a construir sua carreira. Ao ir para os Estados Unidos, descobriu que outro DJ atendia por Tampa e acrescentou a inicial de seu nome, dai o nome – FTampa.

O fenômeno da EDM vive seu melhor momento, ele acaba de fazer uma apresentação memorável no Ultra Music Festival Brasil, que rolou no Rio de Janeiro, e nós tivemos o prazer de bater um papo com ele, confira abaixo a entrevista.

Não tem como começar nosso bate-papo com outra pergunta que não seja esta: Qual a sensação de ser o primeiro DJ brasileiro a tocar no mainstage do Tomorrowland belga?
Foi uma sensação indescritível. Realizei um sonho e, com certeza, foi a melhor experiência da minha vida estar no palco principal de um dos maiores festivais de música eletrônica do mundo.

Qual a maior lembrança que você guardará em sua memória deste dia?
Várias lembranças, com certeza, mas não me esqueço de dois momentos, como os minutos antes de subir ao palco. Passou um filme na minha cabeça de toda a trajetória da carreira e também quando os brasileiros começaram a gritar “Brasil, Brasil, Brasil”, durante a apresentação. Foi mais do que especial!

O que você costuma ouvir, além de música eletrônica?
Rock e pop, mas não tenho preconceito musical algum. Quando ouço um trabalho bem feito, já vai para a minha playlist.

E quem são seus ídolos dentro da música eletrônica?
Me inspiro muito em nomes como Skrillex, Diplo e Calvin Harris.

Você tem rodado o mundo todo, sempre tocando para um número grande de pessoas… O que passa na sua cabeça quando você está tocando, olha aquela multidão curtindo seu som?
Pra mim, não tem nada mais especial que tocar as minhas próprias músicas. Às vezes, durante um show, eu paro e olho para o público pulando, interagindo e penso: “nossa, isso é bonito demais!” (risos) Aí lembro que estou em um show e volto a tocar normal.

Existe algum lugar  no mundo que você sonha em tocar?
Acho que já toquei em praticamente tudo que eu sonhava em tocar, mas quero fazer um show mais autoral agora. Algo mais meu e tocando instrumentos ao vivo.

Quando que você começou a produzir? Como foi este processo?
Sempre tive bandas e amei música. Eu gravava com a minha banda, então já tinha conhecimento dos softwares de produção. Quando a banda acabou, fiquei frustrado e um primo meu, o DJ Diego Ramal, me apresentou música eletrônica e eu me apaixonei. No mesmo dia, comecei a procurar as coisas na internet.

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O que você pensa da questão que constantemente é levantada: “DJ tem que produzir”?
Produtor tem que produzir, DJ tem que saber levar a pista, mas acho que hoje, sem produção, a carreira não tem continuidade.

Qual conselho você daria para um DJ que está começando a carreira agora?
Estude muito e corra muito atrás. Não existe panela, não existe dificuldade. Existe você se tornar o melhor e correr atrás do que você quer.

Dessa nova safra de DJs e produtores nacionais e internacionais, tem algum nome que você já vê se destacando?
Muitos e se eu for falar, com certeza, vou esquecer alguns dos melhores. Eu tenho mais contato com a galera de Belo Horizonte, então acho que eles vão ser bons representantes da música nacional.

O Brasil apesar da crise, vive bons momentos para música eletrônica, temos grandes festivais rolando aqui, novos talentos, muita coisa acontecendo…
Você tem ideia do que pode vir pela frente no cenário eletrônico nacional?
Espero que uma mudança. Sinceramente apesar de estar bem legal a cena, ainda falta muita coisa. A cena no Brasil é muito atrasada musicalmente e não roda de acordo com o mundo. Na minha opinião, a tendência é crescer cada vez mais, mas eu espero que cresça com produtores de verdade, que não sejam apenas marketeiros, que não queiram ser famosos só porque é legal ser famoso e sim, pela música.

O que nós podemos esperar do FTAMPA com relação a novidades?
Acabei de lançar quatro tracks: “Stay” e o remix de “Back 2 U”, do Steve Aoki, em uma parceria com a Sony e Ultra Music, além dos remixes de “Millionaire feat Nelly”, do Cash Cash & Digital Farm Animals, pela Warner Music, Atlantic e Big Beat, e de “Red Dress”, dos canadenses da “Magic”! Fiquei mais feliz ainda porque a própria banda lançou e fez vários elogios nas suas redes sociais.