Tomorrowland Brasil: Muito além do EDM

Nem só de EDM vive o Tomorrowland. A 2ª edição do festival vem mais madura e nos presenteia com uma mistura de gêneros, estilos, vertentes, muitas nomenclaturas e caras que fizeram história na música eletrônica, e essa nova geração de DJs.

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A segunda edição do Tomorrowland Brasil está prestes a acontecer. O festival chegou no país em 2015 e marcou o começo de uma nova etapa no mercado da música eletrônica, colocando o Brasil de vez no seleto circuito dos grandes festivais mundiais.
Ir ao Tomorrowland é viver uma experiência que vai muito além da música, muito além de tudo que você já conhece.

A atual geração não teve oportunidade de curtir um grande festival de música eletrônica antes. O último grande evento que tivemos próximo deste formato no Brasil, foi o Skol Beats – a primeira edição ocorreu em 2000 e dividido em vários palcos, o evento trazia os principais DJs do Brasil e do mundo.
Em um bate-papo com o DJ Andy (que tocou em todas edições do Skol Beats e também é atração do Tomorrowland deste ano) falávamos das atrações desta 2ª edição do Tomorrowland Brasil.  Ele afirma que esta edição do festival “é o que temos de mais parecido com o que foi o Skol Beats nas primeiras edições”.

Andy tem razão – este ano o Tomorrowland vem muito maior, mais maduro, e com uma grande contribuição musical, oportunidade única para levar cultura de clube pra muita galera jovem que sequer tinha nascido quando começou a se desenhar o que seria nossa atual cena eletrônica no país.

O festival vai muito além do EDM, estilo que nos últimos anos ganhou um “boom” mundial. Desta vez serão vários os protagonistas durante os 3 dias de festa.
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Quando a organização do festival divulgou o lineup completo, muita gente torceu o nariz ao ver que alguns dos seus DJs “queridinhos”, lendas do EDM não estavam escalados para a 2ª edição do festival. Nas redes socias os mais revoltados deixaram bem claro suas insatisfações. DJs como Hardwell, Steve Aoki, as irmãs Nervo, não foram escalados para se apresentarem neste Tomorrowland.

Ok, isso não é o fim do mundo, certamente teremos outras oportunidades de vê-los, e ouvi-los tocar aqui no Brasil. O país é o foco da música eletrônica mundial, e 2016 promete ser bem mais incrível que 2015.

Por outro lado, o festival nos presenteia com essa mistura de gêneros, estilos, vertentes, muitas nomenclaturas e caras que fizeram história na música eletrônica, além dessa nova geração de DJs que ainda tem um longo caminho pra percorrer.

Já no primeiro dia de festival, na quinta feira – 21 de abril a gente tem o quase retorno do Sweedish House Mafia, na figura de Axwell e Sebastian Ingrosso, tocando juntos no main stage. Antes disso o brasileiro fenômeno Alok mostra porque é um dos nomes mais importantes da nova geração de DJs e produtores mundiais – aliás, ele toca três vezes nesta edição.

Outro DJ que vem chamando muito atenção, é Robin Schulz, com um som extremamente gostoso, aquele deep house com instrumentos orgânicos, sempre acompanhado de um certa melodia. Também se apresenta no main stage.

No palco do Warung, debuta o DJ Chris Liebing, sempre fiel as suas raízes do Techno. Foi um dos primeiros DJs a usar as novas possibilidades da digitalização da música em uma maneira consequente e criativa.

Um dos caras mais importantes e visionários da música eletrônica brasileira, DJ, produtor, empresário, estilista, o talentoso DJ Renato Ratier também se apresenta no palco Warung.

Também no espaço do Warung, o DJ argentino Hernán Cattáneo apresenta seu poderoso house e progressive house. Grande guardião do (quase) extinto underground, são poucos os que podem usufruir da longa carreira que Hernán tem cultivado por mais de três décadas como artista underground.

Ainda no primeiro dia de festival, no palco Super You&Me, não podemos perder a apresentação do enigmático artista MOTi, DJ e produtor de Amsterdam que nós entrevistamos aqui no PLUGtronic • [Confira aqui]

Já na sexta-feira, segundo dia de festival, de tardezinha vale conferir no main stage, o som do jovem Jakko, carioca, o DJ e produtor musical de apenas 19 anos. Lucas Bojakowski, também conhecido como JAKKO, obteve uma rápida ascensão no cenário mundial da dance music mundial.

Continuando no main stage, e também brasileiros, animando a tarde, teremos o som do Tropkillaz, dos DJs Zegon e Laudz, cujo foco são as principais vertentes da bassmusic, misturando estilos como hip-hop, electro e house a samples latinos, clássicos da oldschool e diversos outros gêneros, dando uma identidade própria à trapmusic tupiniquim.

No stage do Green Valley, o francês Arno Cost vai nos presentear com seu “fresh french house” – a gente também entrevistou o DJ que acaba de lançar seu novo EP.  Confira a entrevista clicando aqui.

Quem abre a noite do main stage na sexta-feira é a dupla Sunnery James & Ryan Marciano, com um EDM que posso dizer que é um pouco “fora da curva”. Eles agradam até quem não aprecia tanto o tão polêmico EDM – fazem um som bem animado e conseguem perfeitamente misturar house, progressive-house e tribal house.

Romeo Blanco, um dos nomes mais aguardados do festival, toca duas vezes nesta edição do Tomorrowland – sexta-feira no palco Fusion, e sábado no main stage. Presença garantida nas melhores festas e festivais do planeta, o cara também conversou com a gente •  Veja a entrevista dele

Quem nunca dançou ao som de “Changes in my life… I wont leave you behind…?” – Pois é, Chris Lake – DJ e produtor, dono no hit “Changes” [dentre muitos outros] também vai alegrar a todos com seu som, misturando ritmos funky e instrumentos orgânicos em um house autêntico e moderno – O DJ se apresenta no palco do Alok. Veja a entrevista que fizemos com ele

O sábado vai ser um dia cheio… Muitas atrações imperdíveis tocando ao mesmo tempo.
Teremos um palco dedicado ao drum and bass – DJ Marky & Friends, reunindo os três grandes responsáveis pela consolidação do drum and bass no Brasil. A tarde vamos curtir o sofisticado som do DJ Patife.

Em seguida temos DJ Andy – Eleito por três vezes o melhor DJ de Drum’n’Bass do Brasil, e claro, o anfitrião DJ Marky, um dos DJs mais reverenciados e cobiçados na cena club e festivais no mundo. Todos eles com mais de 20 anos de carreira.

Imperdível também são os caras do Elekfantz, a dupla brasileira se apresenta no palco Luv N’Beats.
Os caras se conheceram há mais de duas décadas, quando eram adolescentes, tocaram juntos em uma banda de blues – sim de BLUES – e eles levam toda essa sonoridade que adquiriram desde cedo para as pistas, com instrumentos ao vivo e tudo. O resultado é muito interessante.

Agora, pegue sua champagne…
No palco Diynamic, se apresenta o DJ e produtor Solomun. Ele, que desempenha um papel importante na redefinição da house europeia, tem em seu som profundidade, vibração e os vocais andam de mãos dadas de maneira extremamente harmônica.

No mesmo horário do Solomun (aqui começa uma baita indecisão), toca no Luv N’ Beats, o sensacional, também DJ e produtor, Kolombo. O cara é realmente um mestre da arte de produção moderna. No ano passado ele fechou o Tomorrowland com um house finissímo.

Dois caras com som bem sofisticado, tocando ao mesmo tempo em palcos diferentes. O que faremos? Bora alternar entre os dois.

A gente não pode deixar de também recomendar e demonstrar todo nosso respeito a este cara pioneiro na cena underground de Estocolmo, que foi integrante do Swedish House Mafia – Steve Angello apresenta seu genial progressive house no palco principal.

Logo em seguida, encerrando o Tomorrowland Brasil 2016, os irmãos Dimitri Vegas e Like Mike. Também no palco principal, os caras que eu tive o prazer de entrevistar [Veja a entrevista aqui], hoje estão na 1ª posição do ranking da DJ Mag, residentes do Tomorrowland, estão muito além do EDM, e vão mostrar a todos porque eles são os melhores do mundo.

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