Para valorizar a noite

Festa nova: Republika + A última Crew + Boys Noise + …a noite de São Paulo por Iran Giusti • Confira!

Tinha programado para sexta – feira escrever sobre o final de semana agitado que estaria por vir, mas faltou tempo, animo e principalmente o que falar. Não queria mais um simples textos baba ovo e a meta era tentar explicar o que me faz sair pra noite sem cair no velho clichê do “a noite de São Paulo é indescritível e eclética” porque vamos combinar que não é só por isso que saímos.

Saímos para nos divertirmos, para dançar. para beber alguns ou muitos drinks, para fazer social, ouvir boas (ou péssimas) músicas. Há os que saem para aparecer, estar na fotos, usar drogas e dar bafo e sinceramente estão certo eles, se é isso que preenche aquelas vidas, que aproveitem.

Na própria sexta fiz jornada dupla e comecei com a estreante #Republika, projeto de nove jovens sob a tutela da Lais Pattak, entre eles, dois conhecidos super queridos e dois grandes amigos. A proposta: uma festa pop com pegada teen, assim mesmo, sem vergonha de admitir, com direito a uma Renata Bastos cada vez mais feminina de cheeleder na porta e rapazes de jogadores de futebol americano animando o público gigante que fazia fila em frente ao Lab.

Depois de uma passada rápida, coisa de 10 músicas, fui para o Glória que sediava pela ultima vez a Crew (apesar de ser claro que “último” não signifique “nunca mais” para o clã) e foi tudo aquilo que esperava: muita, mas muita gente conhecida, amigos, e claro uma chefe extremamente feliz e emocionada. Boys Noise, a grande atração da noite discotecou mais de 2 horas e deu trabalho para sair das pick ups. Eu estava cansado, vi apenas o começo, fiz um social singelo. Fui para ver e falar: participei dessa festa que me acompanhou por quase 3 anos.

Boys Noise

A Crew durou 4 bons anos, não acompanhei no começo porque pouco saia e foi por influencia do Guimel, um dos maiores fãs da festa, e olha, depois que tomei gosto não deixei de recomendar: um público educado, diversificado, que balanceia perfeitamente o social com o curtir uma boa música, esse é o órfão publico da festa.

Mas porque falar de duas festas tão distintas com públicos tão distantes? Simples: porque vendo uma mega entrevista / documentário da Crew percebi que a festa de tanto sucesso, de tanto carinho e amizade nasceu um pouco como a #Republika, alguns nem sabiam tocar direito e percebera que com o  tempo teriam que se profissionalizar.

Gosto da noite em São Paulo por isso, porque ela é profissional. Para muitos isso pode soar como algo fútil ou desinteressante mas valorizo muito a galera da noite. Vejo o dia a dia de quem produz, divulga, prepara um set para fazer alguém se divertir e esquecer todos os problemas do dia. Valorizo a profissional que passa 3, 4, 5 horas na porta, de pé, com um sorriso no rosto, o barman que ganha pouco e tá ali full time pra te servir.

As crianças da #Republika tem bastante o que aprender, os chamo de criança porque tenho intimidade com a maioria deles e se forem espertos aprenderão com os jovens da Crew porque esses estão longe de serem senhores mas tem muito o que ensinar.

E que venham muitas outras edições da #Republika, cheia de pop e alegria assim como os novos projetos do clã mais querido da noite paulistana.