No dia 06 de Novembro, em São Paulo, aconteceu a primeira edição, em terras brasileiras, do mundialmente famoso UMF – Ultra Music Festival. Veja como foi!
No dia 06 de Novembro, em São Paulo, aconteceu a primeira edição, em terras brasileiras, do mundialmente famoso UMF – Ultra Music Festival.
O Festival prometeu – e cumpriu de forma pontual – mais de doze horas com o melhor da música eletrônica “around the world” trazendo nomes como Kaskade, Groove Armada, Above & Beyond, Fedde le Grand, Carl Cox, Moby, Ralphi Rosario, FatBoy Slim entre outros nomes inter e nacionais.
Antes mesmo de adentrarmos a Chácara do Jockey, local definido para a apresentação histórica, já podíamos notar o peso do evento que fez travar a avenida Francisco Matarazzo.
As surpresas foram se somando à medida que íamos chegando mais perto de nosso destino, o MainStage (palco principal). As pessoas seguiam em direção aos portões de entrada de forma calma, tranquila e ordenada, dando o tom de educação da festa. Aliás, era uma colagem de pessoas lindas, umas sobrepostas às outras, enquanto os olhos não conseguiam pousar em ninguém especificamente. A mulherada, linda, produzida, com seus belos pares de pernas à mostra; os rapazes esbanjando simpatia e boa forma. Enfim, a contar pela audiência, o sucesso era iminente.
Vieram outras surpresas: NADA de discussão, briga, empurra-empurra (a não ser o comum nas áreas dos bares que estavam sofríveis), ninguém sendo carregado por bombeiros e seguranças, apenas os amigos se aparando enquanto incentivavam-se ao prazer da música.
De fato, remeteu-nos ao festival em seu radical grego: dança, sensualidade, certa dose de fuga da realidade e embriaguez e muita, muita música, dança e celebração à juventude e à vida.
Mas vamos a alguns fatos. Os sortudos e pagantes dos camarotes tiveram vida fácil com lugares protegidos do chão enlameado provocado pela chuva da noite anterior e protegidos por tendas para o caso do retorno da garoa à sua cidade natal; os mortais tiveram que se contentar a pular em meio a poças d’agua e, quando quisessem descansar os pés, sentarem-se em alguma parte gramada, com sorte. Os banheiros, para os que estavam nos camarotes não era problema algum, já os outros não podemos dizer, preferimos declinar dessa aventura.
Sobre as apresentações. Carl Cox – o preto fervido – comandou a tenda que levava seu nome, com propriedade e maestria. O cara mandou muita vibe pra galera que esteve por lá e também puderam ver o incontestável Fedde Le Grand e Moby destruindo tudo, no bom sentido, o que me fez lembrar a apresentação do Fedde na Skol® Sensation™ em 2009 no Centro de Exposições do Anhembi.
No palco principal não havia como ficar parado ao som dos aguardados, Above & Beyond, HouseMusic a quatro mãos, assim como Groove Armada, que animaram a galera ainda na tarde do sábado chamando o que seriam as duas principais apresentações. Kaskade entrou em cena levando o público ao delírio com seu toque peculiar e muito particular de trabalhar. Esbanjando beleza, o loirão se jogou muito. Ao microfone vinha sempre para convocar a todos no estilo “keeping the vibe”, o que era respondido imediatamente. Enquanto seu nome reluzia no imenso telão no fundo do palco, balas brancas foram lançadas para diversão de todos, o que deu um toque infantil e brincalhão, fazendo a alegria da galera. E a noite foi transcorrendo até que às 22hs pontualmente as luzes rochas do palco principal deram lugar a um video de apresentação do que viria a ser a principal estrela do UMF – Mr. FatBoy Slim. Delírio puro, gritaria retumbante, vibe enlouquecedora. “What a Fuck!” Era essa a frase que vinha trazendo do inglês uma interjeição bastante propícia ao tio careca que vira criança quando começa a tocar. “Put your hands up” e todos com as mãos para cima. Um mar de gente, uma energia única e alegria compartilhada por um texto transmitido que dizia às pessoas que acreditassem em si mesmas, no poder de seus mentes, no caminho e jornada de cada um de nós, no poder da união… enfim, um texto (em inglês) que transmitia uma mensagem importante.
Uma das maiores surpresas foi o excelente trabalho videográfico que trazia imagens psicodélicas ultra coloridas, fotos, filmes curtos sempre em harmonia com o som que rolava, o que ajudava a dar unidade aos sentidos: visão e audição.
Falar do UMF sem elogiar é quase impossivel e encontrar erros é um trabalho para os críticos, clubinho do qual o PLUGtronic não faz parte.
Entretanto, porém, todavia…
Duas situações forem no mínimo constrangedoras. A tenda Brasil – vazia… é isso! E a tão divulgada tenda The Week, espaço reservado para o público GLBT, que é um dos maiores consumidores e adoradores da música eletrônica, tendo Ralphi Rosário – aquele que fez e faz história pelo mundo – tocando para um público em maior número na fila do banheiro da tenda do que na própria pista. Foi doloroso ver um DJ deste nível, que sendo levado para dentro das cercanias da casa patrocinadora da tenda, arrastaria multidão, tocando para meia dúzia de gatos pingados. Pode-se dizer que isso se deva
ao fato da tenda estar literalmente à margem do palco principal e pelo desconhecimento de grande parte do line-up pelo público não frequentador
da noite GLBT. Na tenda, o público começou a aparecer por volta das 18hs – lembrando que o evento teve seus portões abertos às 12hs.
Enfim, #ficaadica para o pessoal do UMF e THE WEEK pensarem sobre as tendas Brasil e TW para a próxima edição.
Não saímos da Chácara sem antes conferir as presenças de Tiago Leifert, apresentador do Globo Esporte, Michel, ex-BBB, Tyrso, lembra aquele ex-BBB cozinheiro que tentou conquistar a Manuela pelo estômago?, Tico Santacruz, ex-a fazenda, Leo Madeira, MTV, e mais uns e outros conhecidos dos programas de tv por assinatura.
Nossa nota fica a cargo de uma senhora na casa dos setenta anos que com sapato Channel dançou, fotografou, sorriu e curtiu muito nos dando uma lição sobre alegria, idade, elegância e simpatia.
Ufa! É isso galera… O UMF foi tudo isso e mais um pouco, pena que não temos tempo para falar sobre a nossa balada pós UMF. Só posso dizer que
terminamos o domingo de forma campeã e não foi assistindo Fórmula 1 – hehehe.
PLUGtronic – Música, Noite e tardezinha (às vezes, de manhã cedinho também – risos) Keeping the vibe!