Evidence • A “rave” do concreto mostra muito bem a que veio

O PLUGtronic foi conferir o que rola com um dos selos que mais cresce na capital paulistana – Veja como foi a última edição da Evidence

No último dia 15/09 aconteceu a “Evidence 5 anos”, festa realizada na The Week Club – tradicional casa de eventos em São Paulo – e o PLUGtronic foi conferir o que rola com um dos selos que mais cresce na capital paulistana.

Tendo sua primeira edição em 2008, a festa já passou por lugares como o Lions, a Pacha, a Eazy, e pela quarta vez consecutiva foi realizada na The Week com 3 pistas simultâneas (a área externa onde fica situada a piscina foi parcialmente coberta, e recebeu o nome de “Pista Dreams”, além da pista babylon (indoor maior) e a pista colors (indoor menor)).

A principal atração do evento foi o DJ PP, uruguaio com mais de 17 anos de estrada, e que já produziu para gente como Mark Knight, Funkagenda, Chris Lake, Chus & Ceballos, Deadmau5. Compunham o line também Angelo Francalanza, Adriano Pagani, Mau Mau, Tom Keller, Victor Ruiz AV Any Mello, Re Dupre, Padovan, dentre outros, totalizando 22 atrações.

A abertura aconteceu às treze horas do domingo com Dodx – porém eu só cheguei ao local por volta das 16:00, onde acompanhei Angelo Francalanza no comando das pick-ups. Confesso que não sou frequentadora desse tipo de festa, mas fui surpreendida desde o inicio, pois as filas gigantescas – normais em festas relativamente grandes – não existiam, e todas as pessoas que pedi informação me ajudaram prontamente. Na área externa (lotada) circulavam as mais diferentes pessoas (gente bem bonita por sinal, mesmo cada um no seu estilo), sempre num clima tranquilo, sem o habitual empurra-empurra; o palco foi montado em cima da piscina e parcialmente coberto (acredito que para proteger a galera em caso de chuva, mas devido ao calorão o toldo serviu quase como uma estufa); os bares funcionavam super bem, e os camarotes foram montados como back e front stage (situados na frente, nas laterais e um pouco atrás do palco, no nível mais elevado da pista).
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Quem tocou também fez bem seu papel e conseguiu segurar a pista (na semana anterior ao evento pude escutar um pouco de cada um dos DJ’s que se apresentariam na pista “Dreams”). Esperava um pouco mais do “PP”, pois sendo a principal atração, acreditei que ele faria algo mais parecido com set “September MIX” que ele soltou a pouco menos de um mês em sua pagina oficial no SoundCloud.

Senti a pista sem aquela empolgação, aquela vibração de grandes atrações – sensações essas que foram conquistadas pela atração que o sucedeu, Adriano Pagani. O DJ fez a galera pular praticamente o tempo todo, e a acústica contava muitos pontos a seu favor. A festa começou pra mim quando ele entrou. Eu, que ainda não participei de nenhuma rave esse ano (sim, me arrependo de não ter ido na Kaballah, senti falta da Tribe, mas aguardo ansiosamente pela Xxxperience, pela Dream Valley (tinham que ser no mesmo final de semana?), pela próxima Kaballah (há rumores que haverá uma próxima edição ainda esse ano… será?), e por outras menores que estão por vir) notei que pela alegria do pessoal, a vibração do local, a “tenda” (pista principal), foi impossível não assimilar a uma rave – com a vantagem de tudo funcionar (inclusive o banheiro e o ar condicionado nas pistas indoor), de ser a pouco menos de 10 minutos da minha casa e existir conforto. A linearidade do line-up também foi bem montada, já que em linhas gerais, o som foi equilibrado (a sequência PP – Pagani – Vega – Victor Ruiz foi sen-sa-cio-nal!).

Quem não curtia a área externa, podia contar com o calibre de Mau Mau (com um set delícia – alias não me recordo de nenhum dia que eu tenha escutado ele tocar e tenha sido ruim) na pista babylon, ou gente que surpreendeu e que eu não conhecia (aplausos para Pytt Gardin e Maycon K que incendiaram a pista colors (a maioria do pessoal que colocava o pé ali, não saía mais)). A festa que foi feita por amigos e para amigos tomou forma, proporções gigantescas, e atraiu gente de vários cantos pra curtir junto.

 

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A Evidence deixou de ser a festa que “eu ouvi falar” para “a próxima festa que com certeza voltarei”. E me parece que aliás, muita gente concorda que foi bom (ao menos os comentários no facebook foram unanimes quanto a isso).

É pessoal, hoje em dia nós queremos muito mais do que reunir os amigos, e parece que a organização de lá entendeu bem isso: conseguiu alinhar a uma boa infra, fazer nossa alegria, entender nossas ideias (inclusive de deslocamento) e realizar de forma bem bacana! A festa que foi realizada no meio de São Paulo deixou muita festa “top” no chinelo, e mostrou a que veio! Se você não foi, vale conferir, afinal a “rave do concreto” (assimilação de energia boa + concreto cinzento que é moldura de sampa) vale cada centavo investido!